RESUMO: Este artigo analisa a formação da Vanguarda Paulista Instrumental (VPI) como objeto de estudo central para refletir e investigara articulação entre jazz brasileiro, música popular e composições instrumentais durante o último terço da ditadura civil-militar (1964-1985). No final dos anos 1970 e início dos 1980, o mercado musical brasileiro passou por diversas transformações. Nesse período, a VPI incorporou novas sonoridades para o universo da música popular instrumental e do jazz brasileiro. Baseando suas propostas no experimentalismo do jazz fusion em atrito com diversas noções de “brasilidade musical”, encontrou na produção musical independente a possibilidade de mediação para incluir suas obras na indústria fonográfica brasileira. São bandas como Metalurgia (1981-1983), Pé Ante Pé (1979 -1983), Divina Increnca (1978 -1981), Pau-Brasil (1978), Grupo Um (1976-1984), entre muitas outras. A Vanguarda Paulista Instrumental é formada pela convergência de determinados elementos e características que circunscrevem tanto as soluções para a gestão de carreira artística quanto a estética musical das bandas em um mesmo campo de possibilidades, bastante específico, conforme veremos neste texto.
PALAVRAS-CHAVE: Jazz brasileiro. Música popular brasileira instrumental. Lira Paulistana. Vanguarda Paulista. Ditadura civil-militar.
*Este texto é parte da introdução e do primeiro capítulo da minha tese de doutorado em andamento. **Renan Branco Ruiz é doutorando em História e Cultura social pela Universidade Estadual Paulista (UNESP). BolsistaCAPES. E-mail: renan.ruiz@unesp.br
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