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maio 2017


Apesar de se autodenominar Pai do Blues, W.C.Handy não criou o Blues. O que não se tem dúvida é de seu pioneirismo e importância na história desse gênero musical. No livro História da música ocidental, Jean e Brigitte Massin ressaltam: “Handy não foi o ‘inventor’ o

Blues (não existe, é claro, um inventor do blues), tampouco um bluesman” (MASSIN, 1997, p. 1082).



Alguns anos depois, Handy compôs outro clássico do Blues, chamado “St.Louis Blues”. Como já mencionado, a região do Delta, seja a do Mississipi ou a do Rio Yazoo, é tida como o local da gênese do Blues. Esta era uma região de solos férteis e de uma pobreza extrema. O Blues que dali se originou é chamado de Blues rural ou Delta Blues. Os bluesman que criaram este novo estilo de manifestação musical viviam na miséria e cantavam para conseguir dinheiro para bebida, para pagar o aluguel, etc. Entre eles destacam-se nomes como: Son House, Charlie Patton, Blind Willie Johnson, Skip James e Robert Johnson. Através da vida de bluesmen como estes, o Blues se fartará de mitos que enriquecerão o seu folclore. Robert Johnson, por exemplo, ficou conhecido por, supostamente, ter vendido sua alma ao diabo numa encruzilhada das rodovias 61 e 49, quando estava apenas com seu violão e uma garrafa de uísque. A vida de Robert Johnson foi cercada de mistérios. Johnson viveu apenas 27 anos, e, apesar de sua importância para a história do Blues, tudo o que se tem sobre ele se resume em duas fotos e 29 músicas gravadas. [3]

Por volta de 1920, o Blues vai passar por uma revolução que irá levá-lo a lugares nunca sonhados. Sobretudo após o período da Primeira Guerra Mundial, muitos negros começaram a migrar para Chicago. A principal causa desta migração foi a praga do algodão que ocorreu no sul do país culminando numa escassez de emprego para a população negra. A crise econômica que o país enfrentou neste período, o desenvolvimento dos meios de transporte, a grande enchente do Rio Mississipi em 1927 e a Grande Depressão em 1929 também foram aspectos fundamentais para esta migração. Karnal (2007) destaca que a população de Chicago chegou a triplicar entre os anos de 1900 e 1940 (KARNAL, 2007, p. 199). Muggiati (1995) também relata que “Com a Primeira Guerra Mundial, surgiu a necessidade de mão-de-obra suplementar e os negros do Sul foram atraídos para Chicago, onde a discriminação racial era menor “ (MUGGIATI, 1995, p. 18).

Nos estados do Sul vigorava deste o final do século XIX o sistema de leis conhecido como Jim Crow. [4] Estas leis visavam uma separação entre brancos e negros, sendo assim, deveria haver escolas para brancos, escolas para negros, lugares separados para brancos e negros em locais públicos como nos meios de transporte, banheiros, etc. Essas leis vigoraram até aproximadamente 1965. Em The Blues: Godfathers and sons, Martin Scorsese nos deixa importantes citações sobre a migração dos negros, principalmente dos artistas, para Chicago, afirmando que “Os artistas negros vieram do Mississipi, pelo Arkansas, de trem até Memphis e, depois, Chicago” (SCORSESE, 2006, 20´30´´). E ainda, que “Os negros que vinham para Chicago oriundos do Mississipi pensavam, agora nos afastamos da Jim Crow e vamos tentar a vida aqui’” (SCORSESE, 2006,25´46´´). Uma canção da época da migração para o Norte (Chicago), associada às leis Jim Crow, era cantada por Cow Cow Davenport e dizia: I´m tired of this Jim Crow, gonna leave this Jim Crow town. Doggone my black soul, i´m sweet Chicago bound. [5]

Em Chicago, o Blues tomou posse de uma ferramenta que o levou a outras partes do mundo: a tecnologia. Com ela, os bluesman puderam amplificar seus instrumentos e suas idéias. O guitarra acústica cedeu lugar à elétrica, o mesmo acontecendo com o contra-baixo. As vozes também puderam ser amplificadas, aumentando assim o seu campo de ação. Agora, os bluesmen poderiam ser gravados. Abria-se, assim, o mercado do disco, estimulado pelo sistema de gravação, que passou do modo mecânico para o elétrico. Os Blues passaram assim a ser mais divulgados, sobretudo com as séries de discos chamadas race records (discos gravados por negros e destinados aos negros). Sobre este aspecto, Muggiati (1995) diz: “o Blues tirava o pé da lama do Mississipi e iniciava a sua caminhada para a fama nas grandes cidades da América e do mundo” (MUGGIATI, 1995, p.18).

Entre as gravadoras, uma das mais importantes era a Chess Records, que, por volta de 1950, tinha entre os seus artistas nomes como: John Lee Hooker, Sonny Boy Williamson II, Chuck Berry, Buddy Guy, Howlin´ Wolf, entre outros. Porém, o nome mais importante entre os artistas da Chess, e o artista negro mais importante entre aqueles que vieram do Mississipi, foi Muddy Waters. Muddy, que foi o primeiro a amplificar todos os instrumentos de sua banda, veio a ser influência para muitos artistas internacionais, como Eric Clapton e os Rolling Stones – banda cujo nome foi baseado em uma das canções de Muddy, Rollin´ Stone. Um trecho dessa canção diz: “Well, my mother told my father, just before humm I was born 'I got a boy child´s comin, he´s gonna be, he´s gonna be a rollin´stone'…" [6]

Com Muddy Waters o Blues alçou vôos internacionais. Os ingleses foram os principais a aderir este novo gênero musical. Nomes como John Mayall, Mick Jagger, Keith Richards, Jimmy Page, Jeff Beck e Eric Clapton são alguns dos que surgiram a partir do interesse pelo novo gênero. A busca dos ingleses pelas raízes do Blues ficou conhecida como A Invasão Britânica, e o que daí se originou foi uma enorme quantidade de artistas e bandas que tinham no Blues as suas raízes- nomes como John Mayall and the Bluesbreakers, Rolling Stones, The Who, Led Zeppelin, Yardbirds e Cream (estes dois últimos contando com a participação de Eric Clapton, antes de iniciar sua carreira-solo).

Os artistas negros cantavam bastante sobre a viagem e a nova vida em Chicago. Uma das famosas canções vem de Robert Johnson: Sweet Home Chicago. Que diz:

Oh baby, don´t you want to go
Oh baby, don’t you want to go
Back to the land of California
To my sweet home Chicago [7]

É nesse contexto que encontramos as principais fontes para se entender e compreender a história do Blues: os discos e a vida dos bluesmen. Através dos discos é que percebemos o
sentimento de agonia, sofrimento e dor contido na vida deles. É através da própria canção que compreendemos o sentimento de dor, como o de W. C. Handy em St.Louis Blues: I hate to see that evening sun go down, i hate to see that evening sun go down, ´Cause my lovin´baby done left this town. [8] É com a própria canção que percebemos o que movia Son House em Death Letter Blues quando este dizia: I got a letter this morning, how do you reckon it read? Oh, hurry, hurry, Gal, you Love is dead. [9]

A canção no Blues tem grande importância na transmissão do sentimento do bluesman. É através dela que percebemos o ruralismo do Blues do Delta, a eletricidade do Blues de Chicago, etc. É a canção que nos mostra as diferenças entre o Blues de Son House e o de John Lee Hooker, entre o de Eric Clapton e o de Skip James. É ouvindo o disco que, hoje, podemos capturar um pouco da essência do Blues. Como quando ouvimos o lamento de Blind Willie Johnson em Dark was the night ou com o próprio Willie Johnson em Lord, I Just can´t keep from crying. É ouvindo B.B.King cantar Take my hand, precious Lord que podemos entender a história do Blues, porque, através de sua música, os negros contam a sua história:

Precious Lord, take my hand
Lead me on, let me stand
I am tired, I am weak, I am worn
Through the storm, through the night
Lead me on to the light [10]

O Blues conta a história do negro afro-americano. Uma história de sofrimento, de agonia, de lamentos e humilhações, mas, também, de alegria, regozijo e esperança de dias melhores. Como diz Chuck D, do Public Enemy, em Scorsese (2006): “Sempre digo que se você estudar a história gravada do Blues, Soul, Funk e Jazz nos últimos cem anos, você terá uma linha do tempo de como os negros viveram” (apud SCORSESE, 2006, 4´36´´).

Em sua autobiografia, Eric Clapton, importante artista do Blues britânico, diz:

O Blues é um estilo de música nascido da união entre as culturas folk africana e européia, concebido na escravidão e criado no Delta do Mississipi. Tem sua própria escala, suas próprias leis e tradições, e sua própria linguagem. Do meu ponto de vista, é uma celebração do triunfo sobre a adversidade, cheio de humor, duplo sentido e ironia, e raramente- se é que alguma vez- é deprimente de se ouvir (CLAPTON, 2007, p. 392).



[3] O filme Crossroad, “A encruzilhada”, no Brasil (1986), com direção de Walter Hill e tendo no elenco o ator Ralph Macchio (Karatê Kid) e o músico Steve Vai, conta a história de um estudante de música clássica, Eugene Martone (Ralph Macchio), que é aficcionado pelo Blues, e, juntamente com Willie Brown, interpretado por Joe Sêneca, busca “A encruzilhada”, local onde Robert Johnson e Willie Brown teriam vendido suas almas ao Diabo para se tornarem famosos cantores de Blues.

[4] Jim Crow foram leis estaduais e locais decretadas nos estados do sul dos Estados Unidos entre 1876 e 1965. Estas leis exigiam que as escolas públicas e grande parte dos locais públicos, como trens, ônibus e banheiros, tivessem locais separados para brancos e negros. As leis Jim Crow foram revogadas em 1964 pelo Civil Rights act.

[5] Estou cansado deste racismo, vou deixar esta cidade racista. Aos diabos minha alma negra, estou a caminho da doce Chicago (Tradução do autor).

[6] Minha mãe disse pro meu pai, antes de eu nascer “um menino está vindo, ele será, ele será uma pedra rolante (Tradução do autor).

[7] Em uma provável tradução, este trecho de Sweet Home Chicago diz assim: Oh garota, você não quer ir/ Oh garota, você não quer ir/ De volta à terra da Califórnia/ Ao meu doce lar Chicago? (Tradução do autor).

[8] Odeio ver o sol indo embora a noite; eu odeio ver o sol indo embora a noite, porque meu amor se foi, deixou essa cidade (Tradução do autor).

[9] Recebi uma carta esta manhã, sabe o que ela dizia? Se apresse, se apresse, a garota que você ama está morta (Tradução do autor).

[10] Precioso Senhor, pegue minha mão, guie-me, deixe-me repousar; Estou cansado, estou fraco, estou desgastado;Através da tempestade,através da noite, guie-me para a luz (Tradução do autor).






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Compilação de vários momentos do lendário Gregg Allman, falecido no último dia 27, aos 69 anos em sua casa, na Georgia, EUA.





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Vivi Campos (centro) é produtora e apresentadora do BluesJazzeando

O programa BluesJazzeando é apresentado todas as quintas, das 19h às 20h, direto da Argentina, com produção e apresentação da atriz e locutora Vivi Campos. Siga-a no Mixcloud e nunca mais perca um programa.



Descrição do episódio:

"BLUESJAZZEANDO" * Un viaje en el Tiempo, con historias y ritmo!
-Programa De Radio-Idea, Producción y Conducción: VIVI CAMPOS
3RA. TEMPORADA!!! TODOS LOS JUEVES, DE 19 A 20 HS, SALIDAS por www.radioarroba.com
PRODUCCIÓN EJECUTIVA: "CABALLITO BLUES"* José Luis Castagnaro
* PROGRAMA Nº 17 - JUEVES 25-05-2017- "EN VIVO" :
"MARIANO HERRERA & MATÍAS CHAMORRO" se suben a nuestro Expreso en un ACÚSTICO "Especial" + ENTREVISTA Patriótica, en la que nos cuentan sobre "Oídos de Escuela", "La Banda de Ode" presentando su tema "La brecha del Destino" en sus versiones en castellano y en inglés ,....y un Bonus track: la presentación Oficial del tema "DULCE VIVITA" dedicado y pensado para la Conductora del Programa.
Contactate a nuestra FAN PAGE: www.facebook.com/BluesJazzeando
Más info:"BluesJazzeando" by VIVI CAMPOS: vivkaart.wix.com/vivicampos



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Que tal uma dose diária de jazz para melhorar sua rotina? É a proposta do Tumblr #Umjazzpordia. Idealizado pela bióloga Sarah Teodoro, teve como como proposta inicial apresentar, diariamente, um jazz brasileiro que não fosse bossa nova, reflexo de seu incômodo (que eu compartilho) na forte tendência em associar qualquer jazz brasileiro ao samba. Em pouco tempo o blog cresceu consideravelmente, sendo buscado por artistas, ouvintes, colaboradores e casas de shows. Hoje não segue à risca a fórmula original, mas continua sua batalha pela difusão do jazz em terras brazucas.

Um formidável trabalho desenvolvido pela equipe é a criação e manutenção, desde março de 2015, de uma agenda do jazz em São Paulo. Disponível online para qualquer um que esteja na maior metrópole do país querendo assistir a um bom show de jazz é, sem dúvida uma tarefa trabalhosa, mas prazerosa. É o típico caso de pessoas que amam algo e se esforçam espontaneamente por isso, sensação que conhecemos bem por aqui. Este é um post de utilidade pública: comente, aqui ou na própria página do #Umjazzpordia e, principalmente, compartilhe, vá aos shows e fale sobre a agenda por aí. Todos nós, amantes do jazz e afins, ganhamos no fim das contas.

Links: #Umjazzpordia | Facebook#AgendaUJPD (use a hastag quando compartilhar)






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9 de junho
Jefferson Gonçalves Quarteto Acústico
Praça in Rio  -  Parque dos Patins  - Lagoa Rodrigo de Freitas - RJ
Hora - 20:00
ENTRADA FRANCA

10 de junho
Jefferson Gonçalves e Kleber Dias - Acoustic Blues
Bourbon Festival Paraty 2017 -  Paraty - RJ
​Hora - 16:00 - Palco Quadra.
​Hora - 18:00 - Palco Santa Rita.
Inf. bourbonfest2017
​ENTRADA FRANCA

11 de junho
Jefferson Gonçalves e Kleber Dias - Acoustic Blues
Bourbon Festival Paraty 2017 -  Paraty - RJ
Hora - 15:00 - Palco Rosário.
Hora - 18:00 - Palco Quadra.
Inf. bourbonfest2017
ENTRADA FRANCA

17 de junho
Blues ETC.
Beer Joe Rock Bar - Av. das Américas 7907 - Barra da Tijuca -  RJ
Hora - 20:00
Inf. beerjoerockbar

Mais informações: Facebook




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O blues sul-mato-grossense dos Bêbados de volta. Fotos: Aurélio Vinícius

O que se pode escrever sobre o retorno no Blues Bar em Campo Grande da banda Bêbados Habilidosos após três anos de inatividade? Talvez o momento resumiu no pensamento de Tors: “O blues é um vampiro antigo que mordeu nossa geração; nós morderemos a próxima!”. Todos que estiveram no show no sábado (27) mataram a saudade da banda que há 20 anos introduziu esse som afro-americano do extremo sul dos Estados Unidos por esses lados antes denominado pelo sertanejo. Ousadia de músicos adoradores da boa música negra.

Uma noite que já se esperava ser mágica, pois a abertura do evento feita pela incrível banda Gessy & The Rhivo Trio que mais uma vez demonstrou que é hoje uma surpreende novidade musical do Estado, que tem em seu repertório canções de Janis Joplin, Etta James, Elvis Presley, Nina Simone, Amy Winehouse, Cindy Lauper e da eterna brasileiríssima Celi Campello. Gessica Fernanda (Gessy), Marcelo Rezende, Felipe Fernandes e Rodrigo Gasparetto novamente fizeram um show impecável, que aliás, pode-se notar que estavam até mais soltos a cada música. A participação de Layne Francinny com sua irmã Gessy deixou o público entusiasmado. Bela apresentação do duo familiar.

Mas, a grande expectativa era esse retorno que estava deixando todos curiosos, pois um novo vocalista seria apresentado e praticamente ninguém sabia que iria “ocupar” o lugar do grande e eterno Renato Fernandes que nos deixou precocemente. Por volta de 1 hora da madrugada todo o “mistério” terminou quando do início do show e no vocal estava lá um cara com a cara de bluseiro: Alvaro Vasques com os antigos “Bêbados”, Marcelo Rezende (baixo), Erick Artioli, Julio Belluci e Rodrigo Paiva. Assim começou à volta daqueles que sempre lutaram pelo blues e principalmente com qualidade incomparável.

É uma nova história, mas com a força da “Bêbados Habilidosos” como sempre o foi. O vocalista Alvaro Vasques entrou no palco um pouco nervoso, mas completamente feliz estar agora fazendo parte da família. Com humildade, disse que não estava ali para substituir ou ser melhor que Renato Fernandes,pois ele é insubstituível. Estava ali para dar continuidade ao blues que não deve morrer. Mas como passar das músicas, sobrou tranquilidade e mostrou que pode sim ser mais uma voz marcante na banda e com muita segurança.

No repertório, as belas e velhas canções que o público há tempos queria cantar, como: “Isso é o blues”, “Vendi minha alma”, “A volta do boêmio”, “Último gole”, “Amigos de copo”, “Perdedor”, “Whisky & Blues”, e tantas outras. Com isso, o show com a casa completamente lotada, demonstrou mais uma vez que a música autoral tem sim o seu grande espaço em Campo Grande, seja no blues, rock, regional ou outro estilo. Um público fiel que esperou para esse grande dia e que cantou e dançou no velho e bom estilo da “Bêbados e Habilidosos”.

Um momento especial foi quando o grande guitarrista Luís Henrique Ávila, que já participou da banda e hoje está no Projeto MPBlues e também com o bluesman Zé Pretim subiu ao palco. Acompanhou uma das mais conhecidas canções da banda: “Blues da Solidão”, que por sinal ajudou a compor os arranjos. Luís Ávila estava com uma energia incrível e mais uma vez mostrou porque é considerado um dos melhores guitarristas do Mato Grosso do Sul. Solos incríveis que ecoaram no Blues Bar como um “chamamento” para um sorriso lá de cima de Renato Fernandes. Um momento lindo que lembrou os bons e velhos tempos da banda.

Agora está aí. A Banda Bêbados Habilidosos está mais viva do que nunca e com certeza novas e boas canções autorais virão e agradarão seus fãs. Eè necessário porém que ninguém faça comparações ridículas sobre o antes e depois de Renato Fernandes. É como o grande Ray Charles disse um dia: “É melhor viver cada dia como o último, porque um dia você vai estar certo”. Bons fluídos virão e bem-vinda “Bêbados Habilidosos!”.



Alex Fraga é jornalista, poeta, compositor e escritor. Com mais de 30 anos de carreira na imprensa, já publicou três livros e tem mais um em andamento. Venceu prêmios de contos e poesia, trabalhou como assessor de imprensa, repórter, editor em diversas casas e foi editor-chefe do Jornal Diário da Serra. Hoje presta consultoria nas áreas de educação e jornalismo, onde se especializou. 
Blog | Facebook 

Post original em Blog do Alex Fraga



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Apresentado por Jeremy Rees, Soul of the Blues é um programa semanal independente dedicado ao blues, apresentado na Radio Cardiff (País de Gales, UK). Sua linha passeia entre o blues e soul, das raízes do Mississipi, passando pelo rock clássico, R&B e Southern Soul.

A apresentação ao vivo se dá nas quartas às 9 da manhã (horário de Cardiff) e a versão podcast é liberada sempre aos domingos, inclusive no iTunes. 



Soul of The Blues é membro da IBBA - the Independent Blues Broadcasters Association:http://www.bluesbroadcasters.co.uk/



Descrição do episódio:

Soul of The Blues is a weekly show on Radio Cardiff (11pm on Wednesdays, repeated 7am on Saturdays). This edition features tracks from Tanya Piché Blues Band; Rag'n'Bone Man; Victoria Klewin & The TrueTones; Selwyn Birchwood;
Kyla Brox; Victor Brox & Annette Reis; Curtis Salgado; Kat & Co; London Blusion; Anthony Rosano And The Conqueroos; Rev. Sekou; Adrianna Marie And Her Roomful Of All-Stars; Brent Hutchinson Band and Bobby Rush

Produced & presented by Jeremy Rees, this edition was broadcast on Radio Cardiff 98.7FM on Wednesday 24th May 2017. It was also heard in syndication on radio stations in Australia (Radio Goolarri), Germany (RCFM), New Zealand (Spellbound Harbour Radio), Puerto Rico ( Jazz & Bossa Radio), Slovakia (RTI), USA (KCOR), and in the UK (WRFN 1025; Pennine 1 Radio, Yorkshire; and Pirate Nation Radio, Bristol).




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Gregg Allman, falecido no último sábado (27) aos 69 anos.




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Gregg Allman em 2013. Foto: Charles Sykes/Invision/AP

As mortes no meio da música que mais mexem comigo são as dos bluesmen. É um misto de sentimentos, mas a tristeza e preocupação com o futuro do legítimo Blues são os principais. Quando o Gatemouth Brown (mesmo ele não gostando de ser chamado de bluesman) faleceu em 2005, fiquei muito mal. E eu tinha esperanças em vê-lo ao vivo ainda. Que músico fenomenal! 

As partidas de Hubert Sumlin, B. B. King, Magic Slim, Robert Lockwood Jr. e James Cotton doeram demais também. Sempre que algum mestre do Blues se vai, a tristeza inevitável aparece, sejam famosos ou não. Os dinossauros da música estão partindo. Recentemente Chuck Berry, Lemmy, Bowie, Leon Russell, Chris Cornell, Belchior, ontem o incrível Gregg Allman e tantos outros ícones queridos por nós. Artistas que estavam aqui 100% pela música e NADA MAIS.

Sabemos que a relação do grande público com a música mudou. Grande parte da indústria está muito artificial, "ganhe seus 15 minutos de fama", ostentação, a imagem e o "causar" pesam quase o mesmo (ou mais) que a própria música, a arte (se é que ela existe ali)... Me preocupa o futuro. A gente ama a música dos nossos mestres do Blues, do Jazz, Soul, Rock, Heavy Metal, Samba, e é natural sofrermos com suas partidas. Criamos uma afinidade com suas pessoas e queremos eles bem, gravando, fazendo shows e confirmando seus lugares na história. Viram quase que nossos amigos e conselheiros. A morte "faz parte" e estes caras serão eternos! 

Espalhem a música feita com a alma por todos os cantos, indiquem artistas e discos, compartilhem nas redes sociais e mostrem que existe esse caminho também! O grande público nem sabe da existência destes estilos e tenho certeza que vão te agradecer mais tarde por isso. Que descansem em paz todos estes grandes músicos, famosos ou não, que deixaram através da arte, parte de sua história nesse mundo (pra nossa sorte). R.I.P. 





Leo Maier é guitarrista, cantor e compositor. De Blumenau-SC, é um dos nomes mais promissores do blues brasileiro atualmente, tendo lançados dois EPs e um álbum, "I Choose the Blues".

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Produzido e apresentado por Tony Steidler-Dennison direto de Iowa City, EUA, o Roadhouse Podcast está na ativa desde fevereiro de 2005. Seus episódios sempre são disponibilizados aos sábados, trazendo uma incrível seleção com os melhores blues, de artistas conhecidos mundialmente ou mais obscuros. Experimente e passe adiante!

Site Oficial | Assine o feed





Family graduations two days and five hundred miles apart mean you get a Roadhouse Rewind for show 638. From ten years ago, I hope Roadhouse 118 will keep you entertained until I return next week with another new show.
We return to the freewheelin’ feel of The Roadhouse this week, with the Blues Music Awards shows behind us. Dave Hole, Hamilton Loomis, Anson Funderburgh, Roosevelt Sykes, and Saffire – The Uppity Blues Women are just some of the artists you’ll love in this edition. It may be a tough genre to pin down, but you’re sure to find each and every artist in the 118th Roadhouse Podcast deeply rooted in the blues – the finest blues you’ve never heard.
The Roadhouse Podcast 638 Show Notes
Al Copley
Glass Boogie
Black Top
Dynamite! Black Top Instrumental Blues
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Dave Hole
Rough Diamond Child
Blind Pig
Rough Diamond
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Walter Trout
How Much Do You Want?
Ruf
Deep Trout
Amazon mp3
Hamilton Loomis
You Got To Wait
Blind Pig
Ain’t Just Temporary
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Anson Funderburgh and the Rockets featuring Sam Myers
Lemonade
Black Top
Rack ‘Em Up
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Billy Gibson Band
Darlin’ Please Come Home
Daddy-O
Live At Rum Boogie Cafe
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Candye Kane
Jesus And Mohammed
Ruf
Guitar’d And Feathered
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Carey and Lurrie Bell
Short Dress Woman
Alligator
Second Nature
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Roosevelt Sykes
44 Blues
Document
Roosevelt Sykes, Vol 1, 1929-1930
Amazon mp3 | iTunes
Roxanne Potvin
Hittin’ On Nothin’
Ruf
Time Bomb
iTunes
Blind Blake
Hastings Street
Yazoo
Ragtime Guitar’s Foremost FingerpickerAmazon mp3 | iTunes
Omar and the Howlers
That’s Your Daddy Yaddy-O
Black Top
Swing Land
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Saffire – The Uppity Blues Women
In My Girlish Days
Alligator
Deluxe Edition
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Larry Garner
The Last Encore
Ruf
Standing Room Only
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Os fãs ficaram perplexos quando, em junho 2014, a banda Bêbados Habilidosos (MS) anunciou seu fim, em sua página no Facebook. Foi uma grande pena, já que era uma das mais expressivas bandas de blues do Brasil, e fora do manjado eixo Rio-São Paulo (Confira nosso post da época aqui). Mas, o pior ainda estava por vir: menos de um ano depois, em fevereiro de 2015, soubemos do falecimento de sua principal figura: o vocalista Renato Fernandes. O Renato era para a banda como o Syd Barret foi para o Pink Floyd: a mente inspiradora e quem mais traduzia o espírito do grupo, sendo até mesmo objeto de um documentário, "Ele é o Blues"(veja no último link). Foram 24 anos à frente da principal banda de blues da região centro-oeste do país.

Agora, a banda surge com mais uma notícia bombástica: a sua volta, num show bastante divulgado, hoje à noite, com novo vocalista. A curiosidade é que não se sabe quem é o substituto do Renato. As fotos escondem seu rosto, e a divulgação do show deu ênfase ao mistério: quem será esse cara? Com certeza alguém com "sangue nos olhos" para encarar esse grande desafio. Os integrantes postaram vídeos no Facebook falando sobre a volta, e a própria Renata, filha do Renato, postou o seu, elogiando o novo vocalista e comemorando a volta do grupo:


Recentemente o grupo também disponibilizou parte da discografia para streaming no Spotify, devolvendo a banda ao seu devido lugar, entre os grandes nomes do BRBlues. Nos resta agora aguardar as novidades e comentários pós-show. Os ingressos foram limitados e acontecerá no Blues Bar, em Campo Grande, com abertura da banda banda Gessy & The Rhivo Trio.

SERVIÇO
O que: Show de retorno da Bêbados Habilidosos
Onde: Blues Bar MS - Campo Grande-MS
Quando: Hoje (27/05/2017), às 22h
Quanto: confira aqui
Mais informações: clique aqui




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