Cat-1

Cat-2

Cat-3

Cat-4

2013


Leia acima a nova BLUEZinada!


Após um ano de hiato, está de volta a BLUEZinada!. Nesta edição, lançada simultaneamente à volta da DB aos palcos, conheceremos um pouco mais sobre o projeto DBJoes - Acoustic Alchemy, que foi a base da DB durante todo o ano de 2011. No Brazuca da vez, o gaitista de Santo André-SP Ivan Márcio. Também uma apresentação do The Roadhouse Podcast, presente aqui no site há um bom tempo. 

Uma grande novidade é que colocamos em prática o projeto da Edição Sustentável, onde imprimimos a zine em papel reutilizado, reduzindo ainda mais os danos ao meio-ambiente. Vale lembrar que o próprio formato da BLUEZinada! já foi pensado nesse intuito: uma publicação que cabe no bolso tem menos chances de ser jogada no chão. Fizemos o teste com a primeira edição e deu certo. Se você pretende imprimir esta edição em sua cidade, dê preferência à versão sustentável. Let's jam, Joes!

Para baixar BLUEZinada! #004, CLIQUE AQUI



Uma aula básica sobre o blues, para quem está entrando agora no universo blueseiro


O guitarrista Fernando Noronha fez uma aula especial sobre o blues e suas vertentes, passando pelo Slow, T-Bone, Turn Around, Tram e muitos outros.


Equipamentos
-Cordas Signature Series NIG Strings Fernando Noronhahttp://nigstrings.com.br
-Pedais NIG PED Easy Drive´n Booster, PHD Hot Drive, PHF Phaser & Flanger http://nigmusic.com.br/pedals/


Publicado em 23/08/2012




Há um ditado que afirma que a solidão inspira os poetas, cria os artistas e estimula a genialidade daqueles que inovam. Há controvérsias, mas somos nós, espectadores deste espetáculo, que agradecemos a estes personagens que, aqui, nos envolvem com Música e, tão folclóricos e existenciais quanto inocentes, são como anjos que nos protegem e palhaços que nos proporcionam alegria.

São esses os protagonistas que intitulam o album do guitarrista Nuno Mindelis : Angels & Clowns.

É o primeiro album de Nuno pela gravadora Shining Stone, e seu sétimo album de estúdio.
Para Nuno, fazer este album foi como superar um obstáculo, compor o repertório foi desafiador porque queria alcançar algo além do mundo do Blues e ainda poder falar para tantas pessoas quanto possível, disse ele no encarte do album.
Nuno assina 10 das 13 composições, e é categórico ao dizer que antes do músico vem o poeta.

O album foi produzido por Duke Robillard, que colocou seu grupo para acompanhar Nuno com Bruce Bears nos teclados, Brad Hallen no baixo e Mark Teixeira na bateria. Robillard também contribuiu com sua guitarra, além do vocal de Sunny Crownover, artista da Shining Stone.

A música 'It´s All About Love' puxou o album, impulsionado pelo video-clipe gravado nas ruas do centro da cidade de São Paulo, um cenário cosmopolita onde a música atraiu a atenção de curiosos, distraídos e amantes, e colocou sorriso no rosto das pessoas em uma  verdadeira representação do espírito do tema, que traz ainda o vocal de apoio de Sunny e a guitarra base de Robillard. Na mesma onda contagiante, 'It´s Only a Dream' traz novamente Robillard na base; e o próprio protagonizou a guitarra solo na funkeada 'Hellbound'.

O tema título traz uma onda 'hendrixiana", afinal Hendrix é uma de suas grandes influências, assim como JJ Cale, cuja atmosfera se faz presente no tema 'Miss Louise'.
Nuno não economizou na beleza do seu solo no epílogo de '27th Day'; e trouxe o peso de volta em 'Perfect Blues', em que dialogou com o pedal wha wha e fechou com mais um espetacular solo. Cry Baby! Não podia faltar um Slow Blues, presente na instrumental 'Tom Plaisir'; e um registro tradicional em 'Blues in My Cabin'. O album fecha na onda jazzy com 'Jazz Breakfast at Lakewest'. Discão !

Não é a primeira vez que Nuno grava com uma base formada por músicos estrangeiros, nos albuns Texas Bound (1996) e Blues on the Outside (1999) gravou com o Double Trouble, grupo base do saudoso Stevie Ray Vaughan formado por Tommy Shannon e Chris Layton.

Nuno cada vez mais se destaca no cenário internacional, onde conhecido como "A Fera". Angels & Clowns tem recebido as melhores críticas nas revistas do gênero ao redor do mundo e o album já figura na lista dos mais tocados em algumas rádios especializadas, como a Blues Debut


Licença Creative Commons
Este trabalho foi licenciado com uma Licença Creative Commons.
Crueza, sutileza, profundidade e detalhismo. É que que se encontra neste disco

Meados de 1998. O CD já existia há um considerável tempo, mas, ao menos aqui em Vitória da Conquista, ainda começava a se popularizar. Eram caríssimos para um garoto de 16 anos como eu. Meus pais haviam comprado um micro-system recentemente, e sequer deixavam que eu mexesse nele quando não estivessem em casa. Como era rato de banca de revista, lia bastante, principalmente Superinteressante, a minha revista favorita à época. Ainda lia bastante Turma da MônicaDisney, etc. Nas revistas da editora Abril havia sempre informações sobre um tal Musiclub. Você deveria comprar quatro CDs a um preço promocional, e então seria sócio do clube. Os CDs chegariam em casa. Desde os tempos do chocolate Surpresa, adorava receber encomendas pelos Correios. Ainda adoro. Então de tempos em tempos chegavam catálogos de CD e, ocasionalmente, também chegavam meus primeiros CDs.

Não me lembro muito bem, mas acho que esse CD era um dos quatro "pioneiros". Eu só conhecia conscientemente a óbvia Every Breath You Take, mas, tal qual o meu primeiro CD do Led Zeppelin, fui com a cara desse inglês e confiei arriscar uma pequena fortuna comprando um disco em que não fazia ideia do que encontrar, além daquela faixa. Minha intuição nunca falha! Este talvez foi o disco que mais escutei na vida, ou ao menos está no top-5. Vale lembrar que eram outros tempos: não havia internet. Não havia MTV por aqui. A rádio 96 FM ainda tocava boas músicas, mas já começava a dar sinais de que não daria mais para se basear em sua programação. Poucas lojas de CDs, e com acervos limitadíssimos. Ou seja: eu, como sócio do Musiclub era, provavelmente o mais bem-informado sobre o mundo musical do meu círculo de conhecidos.

Engraçado como a idade influencia diretamente com o estilo de música que se ouve. Na época, minhas preferidas eram as músicas mais animadas, como Message in a Bottle,De do do do, De da da da, enquanto Russians era a que eu menos ouvia. Hoje eu curto mais as lentas e sutis, como Fields of GoldWhen We Dance, e até mesmo Russians. Quando ouvi o CD pela primeira vez, percebi que já tinha ouvido algumas músicas antes, e a que me chamou logo a atenção foi Englishman in New York, uma letra bem interessante sobre o choque cultural a que são submetidos os formais britânicos na descontraída metrópole americana.

Ainda tenho o CD, e muito bem conservado. Há alguns dias, copiei todas as faixas para o iPod, mais algumas que haviam em outra coletânea, que sempre trocava com um amigo, por alguns dias: Wrapped Around Your FingerSo LonelyDon't Stand So Close To Me' 96, Invisible Sun e Spirits in the Material World. foi uma viagem à minha adolescência. Incrível como haviam detalhes que eu não percebia, e que são tão bonitos. Claro que eu também não tinha um fone de ouvido como o do iPod... O fato é que o power trio Sting, Andy Summers e Stewart Coperland eram (e são) brilhantes. São músicos de altíssimo nível. Uma grande influência jazzística numa banda crua, dos tempos do punk rock, onde  excesso de sofisticação era demonizado.

Nas músicas do Police, percebo como o Coperland é um grande baterista. Ele consegue tirar dos cymbals um som extremamente rico, e simples. Hoje consigo ouvir o disco inteiro só prestando atenção ao conjunto cymbal-aro da caixa-bumbo. O Summers faz uma negação total aos tempos do rock pesado do Zeppelin e Purple, deixando muitas vezes a guitarra baixa, bem ao fundo, discreta. Sempre seca e falando, mas não na cara do ouvinte, como bem faziam todas as bandas dos anos 60-70. Realmente eram outros tempos. Já tinha enchido o saco ouvir tantos solos parecidos, impregnados de egos inflados (não que isto não existisse mais, óbvio). Sting é um músico completo: toca vários intrumentos diferentes, e sempre foi um grande compositor. Me admira também como sua voz não perdeu qualidade com o tempo.

Eu ouvia esse disco todos os dias, juntamente com uma coletânea do Men At Work, que falarei depois. Tinha poucos discos, duas ou três gavetas de fitas e só. A maioria dos colegas se contentava com o que estava na moda, então não havia diálogo. Me trancava no quarto e escutava, escutava, escutava. Fui caminhando para o que sou hoje, musicalmente. Ouvia muito Dire Straits também, e achava incrível que o Sting tenha se juntado ao Knopfler em Money For Nothing. Só não havia o Youtube pra me deleitar com vídeos de shows com os dois juntos. Hoje seria um sonho inimaginável ter acesso tão fácil a tanto material bom.

Numa pesquisa rápida, descobri que existem várias edições desta coletânea, e a que eu tenho é a segunda, de 1998:

PolyGram International (1998)
  1. "Message in a Bottle" - 4:49
  2. "Can't Stand Losing You" - 2:58
  3. "Englishman in New York" - 4:25
  4. "Every Breath You Take" - 4:13
  5. "Seven Days" - 4:39
  6. "Walking on the Moon" - 4:59
  7. "Fields of Gold" - 3:40
  8. "Fragile" - 3:54
  9. "Every Little Thing She Does Is Magic" - 4:20
  10. "De Do Do Do, De Da Da Da" - 4:09
  11. "If You Love Somebody Set Them Free" - 4:14
  12. "Let Your Soul Be Your Pilot" - 4:29
  13. "Russians" - 3:57
  14. "If I Ever Lose My Faith in You" - 4:29
  15. "When We Dance" - 4:17
  16. "Don't Stand So Close to Me" - 4:03
  17. "Roxanne" - 3:12
  18. "Roxanne '97" (Puff Daddy Remix) - 4:33

Engraçado que a faixa 18 foi um dos poucos raps internacionais que já escutei. Até hoje não sei se gosto ou não dessa versão. Rap é sempre difícil de engolir pra mim, exceto pelo CD Quebra-Cabeça, do Gabriel, O Pensador, que também fez minha cabeça e ganhará um post no futuro.

Uma curiosidade é que, nessa época, eu já escrevia algumas letras, e tinha grande facilidade para fazer versões em português de músicas gringas. Fiz, então, uma versão para Every Little Thing She Does is Magic e uma extensão para a versão em português de Fragile, Frágil. O incrível é que até hoje acho boas as minhas versões. Quem sabe um dia não as trago à tona?

I. Malforea

Leia!

Ouça!

Assista!

Cat-5

Cat-6