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» » » » » O blues na terra do funk – Verdades de um artista brasileiro


Brasil, uma terra multicultural, com seus próprios contos, ritmos, lendas, uma terra de transpira arte de norte a sul será que existe espaço  para o blues na terra do funk?

Estereótipos – O blues na terra do funk
Eu diria a você caro leitor, que para os que julgam os outros pela sua simplicidade, certamente não há espaço para nada que possa ser musicalmente bom no brasil. Há quem defenda que a identidade musical do Brasil morreu nos anos 60. Provavelmente para eles levar o blues na terra do funk é como acender um fósforo dentro de um copo cheio d’água.

Dias inesquecíveis – O blues na terra do funk
As experiências mais incríveis que adquiri ao longo destes anos foram em apresentações ao ar livre, para pessoas que não faziam o tipo intelectual, demostrando sua satisfação a ouvir um som que apenas soou bem aos seus ouvidos.

Então, daqui eu posso abrir para vocês que na minha opinião, as dificuldades atuais quando o assunto é levar o blues na terra do funk não é culpa do povo, nem do funk, nem no pagode, nem do sertanejo e eu faço questão de listar aqui alguns motivos pelos quais o blues aparentemente tem acontecido menos por aqui.

01 – Os editais diminuíram drasticamente pois, após os grandes escândalos envolvendo artistas renomados, este tipo de prática denota um certo marketing negativo.

02 – Depois destes turbilhões de corrupção nos deparamos com muitas cidades em estado de falência administrativa.

03 – A criminalidade cresceu absurdamente, tornando assim os eventos reféns dos estabelecimentos fechados.

Hoje, analisando minha trajetória percebo que tenho uma relação muito pessoal quando o assunto é sobrepor obstáculos.

01 – Um neto de candomblecista que bebeu da cultura afro no meio de gente de bem.

02 – Que posteriormente quis conhecer mais sobre a espiritualidade numa igreja cristã e lá se aprofundou na música, mas teve sua origem subjugada.

03 – Que anos depois resolveu seguir uma carreira artística e teve sua legitimidade questionada por ser um “crente” e por outro lado foi excomungado pelos cristãos.

Experiência Pessoal – O Blues na terra do funk
São coisas como essas que criaram em mim uma relação bastante pessoal sobre as dificuldades do dia a dia, sempre fui questionado e isso é algo que normalmente acompanha a vida de todos, uns mais, outros menos. É o que eu sempre digo, só não vira assunto quem cruza os braços: faça por você e fique pronto para enfrentar novos opositores sempre.

Quem faz a cena acontecer de fato – O blues na terra do funk
Eu poderia dizer que defender o blues na terra do funk tem como dificuldade inicial a desunião e que, se o blues ainda resiste é graças aos desbravadores que com brilho nos olhos cativam a todos para ir em seus shows, que criam uma cena e são apunhalados pelas costas quando um artista de fora aparece e usufrui do público que ele criou, que na maioria das vezes sequer é convidado. Sim: para os desbravadores, difundir o blues na terra do funk é uma coisa muito ingrata.

“Se você não se sente representado não é da sua conta”, ouvi um grande pensador falar essa frase e realmente ele está certo. O funk é um estilo de música na qual certos tipos de pessoas se sentem representadas e até estas, na maioria dos casos, não  gostam das melodias dos famosos proibidões, que fazem apologia à pornografia, baixarias e violência.

E para você, é possível difundir o blues na terra do funk?

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Ari Frello é guitarrista, violonista, gaitista, cantor, compositor, produtor musical e professor de música. Está na estrada desde 2008 e se tornou conhecido por seu trabalho como "One Man Band". Já lançou três álbuns autorais e já trabalha no próximo. Siga-o no SpotifyYouTubeInstagramTwitter e Facebook.




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Publicado por Distintivo Blue

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