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» » » » » » (MS) Bonito – Em show previsível, Zé Pretim não decepciona fãs em Festival de Blues e Jazz

Zé Pretim mais uma vez fez um belo show e encerrou o Festival de Blues e Jazz em Bonito.

O show de encerramento do Bonito Blues & Jazz Festival no último sábado com o bluesman Zé Pretim foi previsível. No entanto, o inédito encontro de músicos entre o multi instrumentista Miguelito (que tocou bateria) e o melhor pianista de blues do país, Adriano Grineberg, fez lembrar aqueles momentos únicos que marcam para o resto de nossas vidas. Muita técnica e profissionalismo em jogo. Zé por sua vez estava também com seu parceiro e inseparável guitarrista, Luis Henrique Ávila e o contrabaixista, Fernando Salles.  Nada poderia sair errado. Com isso, aquele instante, poderíamos afirmar que o blues do Mato Grosso do Sul estava mais do que bem representado.

Miguelito e Grineberg não tiveram tempo de ensaiar e nem precisavam, pois são excepcionais músicos. Todo músico que toca jazz ou blues precisar, de cor, o máximo de melodias populares o possível, e os dois têm essa bagagem de sobra. Sabe-se que os grandes músicos não ensaiam tanto mesmo e em sua maioria não decide qual será a “set list” antes do momento de tocar. É olhar para o lado, dar o acorde e tudo funciona. Zé Pretim, Luis Ávila e Jorge Costa já tinham a ideia do que iriam apresentar. No entanto, os dois mestres foram na tonalidade e brilharam com improvisos maravilhosos.

Zé Pretim estava mais feliz e falante. Sabia que mais uma vez estava realizando um grande show. Começou com as suas releituras de músicas caipiras para o blues, que o fizeram dele o “bluesman pantaneiro”. “Asa Branca”, de Luis Gonzaga;  Chico Mineiro” (Tonico e Tinoco), “Rio de Piracicaba” (Tião Carreiro) entre outras de seu vasto repertório deixou o público maravilhado, principalmente porque com a participação do pianista Adriano Grineberg, em vários momentos ocorreram solos maravilhosos do verdadeiro piano blues – mesclando o som do boogie woogie, suingue, R&B, jazz entre outros ritmos, preenchendo assim a música do artista.

Zé Pretim chamou ao palco o músico Jerry Espíndola, que foi pego de surpresa, mas mesmo assim foi e cantou uma das mais conhecidas músicas do Mato Grosso do Sul, do cantor e compositor Geraldo Espíndola. “Vida Cigana” já está em seu repertório, como também a música instrumental que compôs em homenagem ao apresentador Jô Soares com sua forma rítmica. A eterna “What a wonderful word” de Louis Armstrong foi outra canção que Zé Pretim fez o público cantar e sonhar. O show foi pouco mais do previsível e o público presente referenciou outra vez o grande bluesman do Estado. Acertou mais uma vez Zé!


Alex Fraga é jornalista, poeta, compositor e escritor. Com mais de 30 anos de carreira na imprensa, vive em Campo Grande-MS. Já publicou três livros, venceu prêmios de contos e poesia, trabalhou como assessor de imprensa, repórter, editor em diversas casas e foi editor-chefe do Jornal Diário da Serra. Hoje presta consultoria nas áreas de educação e jornalismo, onde se especializou.

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Publicado por I. Malförea

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