Gessy e Marcelo Rezende (Rhivo Trio), fizeram um belo show em Bonito.
O que escrever sobre a apresentação de Gessy & Rhivo Trio no Bonito Blues & Jazz Festival? Seus componentes mostraram mais uma vez que estão na estrada certa. Todos estavam mais soltos e confiantes, e diferentes das duas últimas vezes que assisti (Sesc Morada dos Baís e Blues Bar, em Campo Grande. Gessica Fernanda (Gessy), Rodrigo Gasparetto, Felipe Fernandes e Marcelo Rezende fizeram o público dançar, sorrir e se emocionar. Com seu som de proposta retrô, principalmente dos anos 40 até os 80, é extremamente especial.Assim deram um “tiro na mosca”, principalmente porque o público do festival foi justamente amantes das velhas de boas canções que marcaram e marcam até hoje as gerações.
Vejo que Gessy foi um grande presente para a Rhivo Trio que estava sem uma vocalista. A Rhivo Trio foi um grande presente para Gessy. É aquele casamento inesperado que dá certo. Poderia aqui ressaltar novamente as músicas que cantaram, já que o repertório praticamente foi o mesmo dos dois últimos apresentados em Campo Grande. Seria repetitivo demais e elogio de menos. O que eles passaram no segundo dia do Bonito Blues & Jazz Festival, foi essa sensação de estar naquela estrada lendária do trecho do Arizona, nos EUA, a Rota 66 – a sensação de paz, liberdade, felicidade que parece sem fim. Voltar ao tempo, dançar, cantar e sorrir. A alegria de casais mais idosos que estavam na plateia juntamente com outros jovens foi o que levou-me a dizer: “como é gratificante ver uma banda que toca música de qualidade e agrada todas as gerações”.
Gessy era um vulcão adormecido, tipo o Calbuco, no sul do Chile. Ao encontrar a Rhivo Trio (Marcelo, Rodrigo e Felipe), começou a se despertar nos primeiros ensaios e shows, para definitivamente explodir no Festival de Bonito. O público de diferentes cidades brasileiras e até turistas estrangeiros que estavam lá prestigiando, pode sentir as “lavras” desse vulcão que entrou em erupção. Ela estava totalmente solta, leve e feliz. Cantar Janis Joplin, Nina Simone, Etta James é só pra quem tem talento de sobra, e com o timbre de voz próprio – sem imitar ninguém (além de tudo, ela sabe que “divas” como essas, são “inimitáveis”). Vale ressaltar também, que a apresentação especial com sua irmã e belíssima cantora, Layne Francinny, foi estonteante e que merece uma leve crítica aqui: da próxima vez poderiam cantar pelo menos mais uma música, pois sobra talento e pedidos de “quero mais”. Outro destaque foi a participação em uma música do gaitista de blues, apresentador, jornalista, radialista etc, etc e etc, Cleyton Sales que abrilhantou o som com os músicos. Gessy, Marcelo, Felipe e Rodrigo transmitiram felicidade com uma harmonia musical fascinante. Como se diz no popular: “mataram a pau no Festival”.
Alex Fraga é jornalista, poeta, compositor e escritor. Com mais de 30 anos de carreira na imprensa, vive em Campo Grande-MS. Já publicou três livros, venceu prêmios de contos e poesia, trabalhou como assessor de imprensa, repórter, editor em diversas casas e foi editor-chefe do Jornal Diário da Serra. Hoje presta consultoria nas áreas de educação e jornalismo, onde se especializou.
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